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Saiba porque Idosos Dormem Menos

Ter um sono de qualidade e regular é essencial para que as energias sejam recuperadas, para a manutenção do equilíbrio do nosso organismo, consolidação da memória, regulação da temperatura corporal e para manter a mente descansada. Por esses e outros motivos, a hora de dormir é um dos momentos mais importantes do dia, extremamente revigorante e que deve ser aproveitado da melhor forma possível.

Conforme envelhecemos, é normal perdermos a capacidade de manter um sono regular. Leva-se mais tempo para adormecer, o sono tende a ser mais leve, os despertares noturnos acontecem com mais frequência e, na maioria das vezes, o tempo de sono necessário para ter um descanso efetivo também diminui. Mas você sabe por que isso acontece?

É comum conhecer pessoas com mais idade se queixando de noites mal dormidas. Estima-se que 45% dos idosos brasileiros apresentam desordens do sono, sendo o problema mais prevalente em mulheres do que em homens e na faixa etária de 75 a 79 anos, segundo o estudo multicêntrico SABE (Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento), publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia, em fevereiro de 2019. Grande parte das pessoas na terceira idade que tem um estilo de vida saudável não apresenta problemas relacionados ao sono, mas é necessário que os idosos conheçam as alterações naturais do envelhecimento, para modular as suas expectativas com relação a uma noite relaxante…

Necessidades distintas

Ao longo da vida, o tempo entre a pessoa deitar-se e efetivamente dormir é um pouco maior. O sono do idoso também é mais superficial, pela redução do tempo de fases mais profundas dessa atividade essencial para o bem-estar. Isso significa que pessoas acima de 65 anos despertam mais facilmente, com pequenos estímulos. A necessidade de sono também diminui na velhice. Muitos idosos precisam apenas de seis ou sete horas de repouso por dia, enquanto oito horas são as recomendadas, por médicos, para indivíduos adultos. Além das alterações fisiológicas causadas pelo envelhecimento, diversos fatores podem contribuir para a sua piora da qualidade. Os transtornos do sono no idoso são multifatoriais. Eles podem estar associados desde hábitos e rotinas a problemas psicossociais, presença de doenças, incontinência urinária, dor crônica e até mesmo uso de medicamentos que interfiram no sono. Com isso, é possível notar a pessoa com dificuldade em se manter alerta ao longo do dia, tendo sono extremamente leve, mais irritado e com muitos despertares noturnos.

Vilões do Sono

É preciso limitar o consumo de cafeína, chá preto e refrigerantes por idosos, por terem ação estimulante no organismo. Prefira refeições mais leves no período noturno, evitando alimentos gordurosos, que dificultam a digestão e aumentam sintomas de refluxo e, consequentemente, atrapalham a qualidade do sono.

O sedentarismo aumenta a sonolência diurna e também o risco de obesidade, que prejudica o sono noturno.

Insônia

é o transtorno do sono mais prevalente. Ele ocorre entre 20-40% dessa população. Caracteriza-se pela dificuldade de iniciar o sono ou para se manter dormindo, ocorrendo diminuição da quantidade ou da qualidade do sono.

Pode estar associada a doenças crônicas, como doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência cardíaca descompensada, doença do refluxo gastroesofágico, doenças osteoarticulares, obesidade, diabetes, hiperplasia prostática benigna, demência e depressão.

Também pode ser associada com os efeitos colaterais de alguns remédios, como algumas classes de antihipertensivos, diuréticos, antidepressivos ou corticóides.

Apneia do Sono

A apneia do sono é caracterizada pela obstrução da via aérea durante o sono, que pode paralisar a respiração inúmeras vezes por até 20 segundos, levando o idoso a ter vários despertares durante a noite.

A apneia do sono é mais comum entre os idosos, porque eles apresentam uma maior tendência do colapso das vias aéreas superiores, devido ao enfraquecimento da musculatura da faringe. Outros fatores que fazem a apneia do sono ser mais frequente na terceira idade estão relacionados à diminuição da função da tireoide, o aumento do peso e a diminuição do controle da respiração.

Além disso, ela pode desenvolver doenças nas artérias, aumento do colesterol e até mesmo infarto e derrame. Se suspeitar, não deixe de consultar um médico especialista.

Distúrbio do Ritmo Circadiano

É o desalinhamento entre o período de sono e o ambiente social. Por exemplo, o indivíduo adormece às 20h assistindo televisão e acorda de madrugada, sendo incapaz de retomar o sono.

Alzheimer

A Alzheimer é uma demência caracterizada pela perda da capacidade de memorização e do raciocínio. Esse distúrbio acomete cerca de 20% da população com mais de 70 anos e, assim como a apneia do sono, os pacientes com Alzheimer também apresentam redução da produção do hormônio do sono.

Por afetar a produção de melatonina, é normal que o indivíduo tenha dificuldade de pegar no sono e de manter um descanso durante muito tempo. E por esses motivos, os cochilos diurnos costumam ser mais frequentes.

Mas é preciso ficar atento! Em casos de perda de memória recorrente, ausência de sono e cansaço durante o dia, procure por um médico geriatra ou neurologista. Não deixe as pequenas coisas passarem despercebido e previna-se.

Distúrbio Comportamental do Sono REM

Durante a fase do sono denominada REM (Rapid Eye Moviment) há uma inibição dos neurônios motores espinhais para que a pessoa não realize movimentos durante o sonho. Nesse distúrbio, perde-se a inibição neuronal. O indivíduo pode gesticular, vocalizar, caminhar, dar socos, chutar, colocar-se em risco ou causar danos ao companheiro. Afeta principalmente homens idosos e está associado a um maior risco de doença de Parkinson.

Síndrome das pernas inquietas

Já reparou que muitos idosos tendem a mexer constantemente as pernas ou até mesmo os braços? Essa agitação involuntária chamada de síndrome das pernas inquietas costumam a ser mais intensas no período da noite e podem afetar muito o sono.

Esses movimentos periódicos aumentam progressivamente com a idade, devido a várias alterações no cérebro e nos nervos que ocorrem durante o envelhecimento. Uma das alterações é a diminuição da dopamina, um dos neurotransmissores mais famosos do nosso sistema nervoso, que tem como função principal ativar os circuitos de recompensa do cérebro.

Caso suspeite, também não deixe de procurar um neurologista, médico mais indicado para esse caso.

Como melhorar o Sono

Para ajudar os idosos a ter uma melhor noite de sono, separamos algumas dicas essenciais:

#1 Use o travesseiro ideal: essa é uma dica muito importante e deve ser seguida por todos, independente da idade. O travesseiro ideal, além de proporcionar uma boa noite de sono, também é responsável pela saúde da coluna. Saiba como escolher!

#2 Experimente dormir com dois travesseiros: dormir de lado com um segundo travesseiro entre as pernas evita a hiperflexão do quadril e impede o atrito entre os joelhos e tornozelos, além de manter a coluna alinhada por completo.

#3 Faça refeições leves a noite: ingerir alimentos pesados perto da hora de dormir pode ser um grande problema. Opte por uma refeição leve e com alimentos nutritivos.

#4 Faça caminhadas: fazer exercícios é importante em qualquer idade. Entretanto, muitos idosos não conseguem praticar certos esportes. A caminhada pode ser uma boa forma de manter o corpo ativo.

#5 Mantenha exames em dia: faça exames de rotina e, casos suspeite de insônia excessiva ou de outros sintomas citados no texto, procure um especialista.

Gostou do nosso conteúdo? Deixe seu comentário e conheça 5 coisas que você deve saber sobre seu travesseiro!

5 comentários a “Saiba porque Idosos Dormem Menos”

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